Um assunto polémico será sempre polémico…

A nova lei do aborto, e as questões que a rodeiam, são um assunto desde cedo envolto em polémica…

Foram polémicas as razões que levaram á repetição do referendo anterior…
Houve as costumeiras polémicas de campanha…
A decisão de tomar com representativo o resultado de um referendo não vinculativo foi polémica…
O modelo legislativo a adoptar foi polémico…
A promulgação do texto final da lei foi polémica…

Bem, e como um assunto polémico será sempre polémico, surge agora, na hora da operacionalização e implementação prática da lei, a polémica dos objectores de consciência!
Equipas inteiras de obstetrícia declaram-se objectores de consciência, deixando alguns hospitais fora de uma rede que se pretendia ser de serviço público.
De imediato se ouvem as vozes dos defensores dos direitos das mulheres, acusando os profissionais de saúde de corporativismo, boicote à lei, falso moralismo, insensibilidade perante um drama social e de restringir a liberdade de escolha das mulheres.

È curioso, na minha perspectiva, ver tais defensores das liberdades individuais tão exacerbados com o exercício do que é, de facto, um direito do médico…
Não poderá ele escolher?!
Não terá essa liberdade?!
Eu penso que sim…

O que, de forma alguma, poderá acontecer é que um médico se declare objector de consciência no hospital público e, numa clínica privada, pratique o aborto. Isso sim seria, digo eu, criminoso…

Mas, polémicas à parte, a lei está aí e em prática.

Notícias recentes dão conta das primeiras mulheres que tomaram a dura, reflectida, difícil, traumatizante, desesperante e inevitável decisão de fazer um aborto…

Curioso é que uma delas nem grávida estava…

Posted by JooGoo
segunda-feira, julho 16, 2007
 

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Eu entendo os médicos...; o aborto é um assunto muito delicado e muitos seres humanos são capazes de cometer atrocidades como o aborto com a maior das inconciências ou indiferença... é assustador.
    E é curioso observar que é a mesma sociedade que recrimina(va) as jovens adolescentes por engravidarem que defende agora o aborto, que outrora quando cometido ilegalmente era tão criticado. Enfim, por este andar podemos crer que o que é crime hoje, pode já não o ser amanhã.
    Um aborto será sempre a morte de alguém...
    A despenalização era uma coisa, o aborto é outra. Ou não!?
    Anónimo said...
    corrijo no comentário anterior: inconsciências
    Anónimo said...
    eu axo errado o aborto e axo isso uma palhaçada

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